A implementação da política de saúde mental no Paraguai: desafios e potencialidades

  • Juliana Domingues Odair Mendes Domingues e José Domingues
  • Maria Geusina da Silva Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), Brasil
  • Vera Maria Ribeiro Nogueira Universidade Católica de Pelotas, Brasil

Resumo

O processo de implementação da atenção em saúde mental no Paraguai, fundamentada nos princípios da Declaração de Caracas que reorienta as ações dessa área na América Latina se consolida com a aprovação da Política Nacional de Saúde Mental, no ano de 2011. O presente artigo apresenta os caminhos percorridos até a sua institucionalização, bem como a constituição da sua atual organização, evidenciando as potencialidades e desafios da atual política, concluindo-se que gradativamente o país vem institucionalizando ações que visam a promoção da saúde mental. As potencialidades da atual política que vem se consolidando revelam melhoria na atenção em saúde mental no país, sobretudo no que se refere a capacitação de equipes de saúde da família, promovendo a transformação em um modelo de atenção comunitário. Os desafios que se colocam nesse processo passam por questões orçamentárias, da incorporação de princípios organizativos da rede de serviços, tais como a descentralização, a universalização de acesso, entre outros. Destaca-se ainda a necessidade de detalhamento das ações programáticas da política e aprovação de uma Lei de Saúde Mental.

##plugins.generic.usageStats.downloads##

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

##submission.authorWithAffiliation##

Assistente Social. Doutora em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), professora do curso de Serviço Social da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), Instituto Latino-Americano de Economia, Sociedade e Política (ILAESP, Foz do Iguaçu, Brasil).

##submission.authorWithAffiliation##

Assistente Social. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professora colaboradora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professora adjunta da Universidade Católica de Pelotas (UCPel, Pelotas, Brasil).

Referências

Alvarez, C. (1960). Antecedentes del Manicomio Nacional. Universidade Nacional de Asunción. MIMEO.

Barret, R. (1911). El dolor paraguayo. Asunción: Editora Guarani. Recuperado de http://www.biblioteca.org.ar/libros/211601.pdf

Cegla, I. & Franco, F. J. (1984). Historia de la psiquiatria em el Paraguai. Anales de la Facultad de Ciencias Médicas, 16 (01).

Cooper, H. & Hedges, L. (2009). Research Synthesis as a Scientific Process. Em H. Cooper, L. Hedges & J. Valentine (Eds.), The Handbook of Research Synthesis and Meta-Analysis (2a ed.). New York, NY: Russel Sage Foundation.

Domingues, J. (2018). A implementação da Política de Saúde Mental nas cidades gêmeas de Foz do Iguaçu (BR) e Ciudad del Este (PY) (Tese de doutorado). Universidade Católica de Pelotas, Programa de Pós-Graduação em Política Social e Direitos Humanos, Pelotas, Brasil. 2018. Recuperado de http://pos.ucpel.edu.br/ppgps/dissertacoes-e-teses/

Hilmann, A. (2005). Los derechos humanos y la exclaustración: un triunfo para el continente americano. Revista Panamericana de Salud Pública, 18(4-5). Recuperado de https://scielosp.org/article/rpsp/2005.v18n4-5/374-379/en/

Kohn, L. I., Caldas, A. J. M, Vicente, B. A. L, Ccaraveo, A. J. J., Saxena, S. & Saraceno, B. (2005). Los transtornos mentales en America Latina y El Caribe: asunto prioritario para la salud pública. Revista Panamericana de Salud Pública, 18(4), 299-240. Recuperado de https://scielosp.org/article/rpsp/2005.v18n4-5/229-240/es/

López, C. (26 de junio de 2011). Médico critica la “manicomialización” de institutos psiquiátricos. Diario ABC Color. Recuperado de http://www.abc.com.py/edicion-impresa/locales/medico-critica-la-manicomializacion-de-institutos-psiquiatricos-275932.html

Moujan, M. C. A. (2011). Presente y futuro de los servicios de salud mental en Paraguay. Eureka: Revista Científicade Psicología, 8(2). Recuperado de http://www.psicoeureka.com.py/publicacion/8-2/articulo/10

OPAS. & OMS. (2013). Informe de la Evaluación de los Sistemas de Salud Mental en América Latina y el Caribe utilizando el Instrumento de Evaluación para Sistemas de Salud Mental de la Organización Mundial de la Salud (WHO-AIMS). Recuperado de http://www.paho.org/per/images/stories/FtPage/2013/WHO-AIMS.pdf

OPAS. & OMS. (2016). Informe WHO – AIMS sobre el sistema de Salud Mental en Paraguay. Asunción. Recuperado de http://www.who.int/mental_health/evidence/paraguay_who_aims_report_spanish.pdf

Paraguay. Ministerio de la Salud Publica. (2013). Guía de Criterios de admisión y manejo de personas con trastornos mentales. Asunción: MSPyBS. Recuperado de http://www.mspbs.gov.py/saludmental/wp-content/uploads/2014/06/Gu%C3%ADa-de-Criterios-PICU.pdf

Paraguay. Ministerio de Salud Pública y Bienestar Social. (2011). Política Nacional de Salud Mental 2011-2020. Asunción: MSPyBS.

Paraguay. Ministerio de Salud Pública y Bienestar Social. Departamento de Salud Mental. Organización Panamericana de Salud. (1997). Una alternativa en la Atención de Salud Mental y de la Asistencia Psiquiátrica Descentralizada. Asunción: MSPyBS.

Paraguay. Ministerio de Salud Pública y Bienestar Social. Dirección General de Programas de Salud. (2002). Política Nacional de Salud Mental 2002-2006. Asunción: MSPyBS.
Publicado
2018-12-19
Como Citar
DOMINGUES, Juliana; SILVA, Maria Geusina da; NOGUEIRA, Vera Maria Ribeiro. A implementação da política de saúde mental no Paraguai: desafios e potencialidades. Revista MERCOSUL do Políticas Sociais, [S.l.], v. 2, p. 287-309, dez. 2018. ISSN 2663-2047. Disponível em: <https://revista.ismercosur.org/index.php/revista/article/view/39>. Acesso em: 17 maio 2024. doi: https://doi.org/10.28917/ism.2018-v2-287.